sábado, 1 de fevereiro de 2014

GALO DE BRIGA



 Esse aqui é um capítulo do meu livro sobre criação de animais,  HISTÓRIAS CAUSOS E CONTOS SOBRE GALO DE BRIGA.



Perfeito exemplar de galo combatente.
A raça que eu mais me esforçava pra criar.





































Olhando o quanto que o tempo se passou, vejo que já me aconteceu cada coisa! 

Essa história é de quando era menor de idade.  

  Quando eu ainda criava minha raça de galinhas de 

briga e teve uma época que eu tentava tirar cruza 

da minha galinha Vermelhinha do seu Julião, 

O Seu Ganso.

Um famoso criador de galos-de-briga que foi o 

dono do galo Cinturão de Ouro.

 E as cruzas da galinha raça maré mansa de um outro criador, o Nenezão.





 

Eu ainda tinha a minha galinha Canela Branca e 

meu galo Asa Dura.

 Tentava desesperadamente tirar essas cruzas de 

galinhas índia, de raça antiga e a mais pura que eu 

jamais vi ou tive, foi no final da década de 80, 

início de 90.

 Eu comecei a ter desconfiança de que estaria 

algum bicho atacando lá em casa, comecei a ver 

um animal meio branco e manchado, parecia ter marcas pretas numa pelagem branca.
 Nunca tinha visto uma criatura como aquela que se 

movia tão rápido e desaparecia em segundos.

 Saía escalando um cercado de telas subia num pé 

de abacate passava para um telhado ou para uma 

árvore.

 Em três segundos aquela coisa desaparecia que era 

quase como se fosse um fantasma !

  E era sempre naquela parte entre sete e oito horas.

Nos primeiros momentos eu ficava espantado que 

não podia nem sequer ver o que era aquela coisa.

  Notei que começaram a sumir do ninho os meus 

preciosos ovos.

 Eu achava no ninho só a meleca dos ovos 

despedaçados e até mesmo a casca desaparecia. 

 Uma das poucas vezes que eu vi alguma coisa 

dessa praga foi um comprido e sujo rabo pelado e muito branco.


  

Passei uns cinco dias ou mais tentando descobrir 

que porcaria que era aquilo.

Naquela época eu treinava com tchaco, acho que 

eu era meio ninja também, sei lá.

 Eu corria muito rápido e era forte como um 

elefante.

O povo mi zuava sempre e me botaram o apelido 

de Rambo da África. 

Numa noite daquelas eu consegui ver que aquele 

bicho passou por cima do meu galinheiro e fugiu 

pelos galhos e passou alto por cima da minha 

cabeça e escalou pelo galho fino do pé de amora !

 Era muito desaforo né!

 Eu vi aquele rabo comprido e pelado passar de um 

galho e outro, chacoalhando e pulei feito um tigre 

caçando um macaquinho.

  Segurei a ponta daquele rabo pelado e apanhei o 

vagabundo no ato !

  Mas minha mãe tinha me falado que esse tipo de 

bicho morde muito forte se a gente tenta segurar.

Eu peguei muito firme e puxei com toda a força, e 

quase que automaticamente ao cair no chão eu já 

me curvei e movimentei muito rápido o braço 

como se estivesse segurando o meu tchaco de ferro.

 Bati a cabeça daquele animal umas quatro ou cinco

vezes no chão em só dois segundos,

 com movimentos muito fortes.

Até então eu ainda nem tinha olhado para ele 

atentamente.  Nem tive tempo.

 O corpo era do tamanho de um gato com um peso 

quase equivalente.

A violência dos impactos de seu corpo deixou o 

animal totalmente atordoado.

 Ele apenas tremia feito o jeito que treme um 

controle de Playstation.

Eu o segurei de cabeça para baixo para olhar a 
cara de perto.

  Tinha perdido quase uma ninhada de ovos por 

causa dele.

 Coloquei a cabeça dele na calçada e pisei muito 

forte bem no meio da cara dele!

 Ele soltou um pouco de sangue pelo nariz e pelo 

ouvido e morreu na hora.

Eu mostrei o bicho para minha mãe e ela falou que 

era mesmo um gambá. 

 __ Você matou ele com quê ?


Eu pulei peguei ele com a mão e bati ele no chão.

__ Puxa você é bom eim ! _ ela me disse .

Depois de ter feito aquela façanha de apanhar 

finalmente o larápio que estava acabando com a 

minha criação.

 Eu tinha que contar pra alguém sobre o grande 

triunfo que eu tinha tido!

Era uma alegria só !

 E pra quem mais eu poderia contar se não era para 

o meu amigo e sócio na criação de galinhas, o meu 

primo Willian.

 Nessa época ele ainda não tinha o apelido de Burú.

Fui lá na casa da minha tia e atravessando a rua fui 

buscar meu primo para ver o cadáver que eu havia 

largado ali na minha calçada.

 Foi uma festa a que a gente fez.

Faltou apenas a gente dançar ao redor do bicho !

 E por fim a gente voltou para a casa dele 

comentando o fato...

  E meu tio tinha uma chácara nos confins do bairro 

Los Angeles naquele tempo. 

 O caseiro que morava por lá era um velho 

pernambucano muito estranho chamado seu 

francisco.

 Ele ouviu a nossa conversa animada sobre o bicho 

desconhecido que eu tinha abatido lá em casa.

 E ficou interessadíssimo no que a gente estava 

conversando.

Era homem do campo já de muita idade, vindo lá 

do nordeste.

 Quando perguntou se poderia ver o bicho que eu 

tinha matado.

  Claro que eu me dispunha a me mostrar trazendo 

animal capturado para a avaliação de alguém mais experiente né.

 Todo caçador que se preze adora se gabar.

Mas assim que ele viu aquele bicho seus olhos 

saltaram como se fossem cair daquela sua cara ! 

 Brilhavam feito de criança em tempo de natal !

__ Isso aí num é gambá não menino!

 Isso aí é SARIGUÊ !

Esse bicho aí a gente come ! O que que vocês vão 

fazer com ele ?

_ Eu ia jogar fora no mato.

__ Vocês num me dá pra mim levar então que eu 

vou comer?

Hoje que eu vou fazer uma sopa!

__ Ah, então pode levar, seu francisco.

 Eu ia jogar ele fora mesmo.

  E assim terminou o caso do gambá que eu 

capturei com a própria mão. 

 Ele virou cozido pra matar a fome de um idoso de 

Pernambuco que já fazia muito tempo que não 

matava a saudade de sua terra, fazendo um 

delicioso gambá para o jantar.


 Mas aqui teve um outro gambá que me fez um 

estrago grande também numa ninhada da minha 

galinha vermelhinha do Seu Ganso. 

 Só que esse, já foi uma outra história...














 







 Eu jamais ia imaginar o que acabaria acontecendo depois.
  Tem gente que fala que fazer muitas coisas ao mesmo tempo é ter multi talentos.

 Eu já acho que fazer muitas coisas é ser multitarefas.  E aprendi a fazer algumas coisas.

 pra reaproveitar as penas que caíam das galinhas, criei o meu próprio modelo de petecas...






A gente jogava quase todo dia.  Fui aperfeiçoando até chegar nesse modelo que resistia sem perigo de estragar. Não rasgava a toa e até reutilizava as penas boas e só descartava as quebradas .





  











Aqui está também evidente o meu modelo de bolsinha porta moedas que eu  inventei e também feito com velcro por isso mesmo não estraga igual a zíper.






Depois disso eu inventei o modelo de buchas de galo que eu faço até hoje. Sempre quem testou achou que é muito resistente e macia.



 Feita de couro com recheio de borracha macia de chinelo como pode ser visto aqui e na foto da sequencia.
















Aqui a gente pode ver as partes que que constituem uma bucha de qualidade.
Capa redonda de couro.  Suporte de couro e proteção interna de borracha. Além do recheio azul e vermelho que fica por dentro da bucha.








Aqui se pode ver uma das minhas ultimas  criações. esse carrinho de lata de sardinha...
  Do jeito que está sendo visto aqui só com os eixos de madeira ele já roda muito bem .






 
Aqui o carrinho já está com as suas rodinhas de borracha.  Uma forma que eu encontrei para reciclar os velhos chinelos desgastados e sem serventia que as vezes a gente tem em casa pra jogar fora. 

  Assim ele roda perfeitamente, 
então : _ TÁCA LE PAU NESTE CARRINHO !


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