Eu
estava parado em frente de casa, em cima da calçada da casa ao lado.
E
reparei que havia no céu uma estranha cintilancia multicor .
Que
lembrava bastante as imagens da aurora boreal …
Era
tremendamente colorida e parecia ondular como uma bandeira se
sacudindo ao sabor do vento .
Intrigado
com aquilo, eu fui caminhando ate a esquina da minha rua .
Como
que a andar na direção da direção do estranho fenômeno .
No
começo tudo parecia se resumir a um estranho aspecto do céu .
Mas
logo eu percebi um tipo de halo luminoso iridescente com o nítido
formato alongado.
Próprio
daqueles tanques de gasolina que costumam ter nos caminhões.
Principalmente
as carretas de carga .
A
aparência daquela coisa era semimaterial . Mudava o tempo todo de
cor .
Quase
como se fosse uma enorme bolha de sabão feita em formato cilíndrico
.
E
suas cores variavam muito pulsando muito em tons de amarelo,
laranjado fosforescentes . Rosa claro , vermelho , metal branco
prateado. Azul clarinho e até o violeta suave .
Todo
o objeto parecia ter saído de um ingênuo conto de fadas .
Devia
ter um tamanho de um metro e meio ou dois de comprimento .
Com
meio metro de largura . Com as pontas arredondadas , o formato geral
do objeto era muito parecido com aquelas capsulas gelatinosas de
remédio .
Aquelas
que a gente compra na farmácia .
E
todo o corpo do objeto parecia brilhar como se estivesse pulsando de
dentro para fora . Era um magico jogo de luzes e cores , simplesmente
maravilhoso .
E
aquelas evoluções que ele fazia … Tornavam no ainda mais
inacreditável aos olhos .
Ele
rodava em círculos , parecendo estar tentando pegar a própria
cauda.
Ao
ponto de fazer aparecer quase uma roda luminosa certinha no céu .
Logo
depois começou a saltar e cair em cada uma das duas pontas. Como uma
ginasta em uma olimpíada .
De
modo totalmente inusitado .
Seu
movimento transmitia uma estranha sensação de alegria pra mim.
E
me dava a impressão de uma criancinha brincando num parquinho
totalmente eufórica.
Desenvolvendo
uma velocidade incrível que algo da terra nunca vai poder fazer . O
cilindro voador se deslocou de um ponto muito afastado no oeste. Ate
quase desaparecer na direção do nordeste .
Devia
ter feito todo o trajeto em no máximo dois ou três segundos.
Voltando
em seguida a parar exatamente no mesmo lugar de antes .
Como
se nunca tivesse deixado de estar ali .
Ele
cresceu inesperadamente de um tamanho igual a uma garrafinha pequena
de refrigerante . Até ficar do tamanho de um enorme caminhão pipa
ou um daqueles vagão de trem ferroviário .
Para
logo voltar ao tamanho de antes .
Isso
foi o que me fez perceber que se tratava de um objeto enorme e
sólido.
Mas
não pude identificar de que tipo de material que ele devia ser feito
.
Quando
havia se aproximado mais de onde eu estava , o objeto cilindrico
pareceu ter no mínimo meio quilometro de comprimento em seu eixo. Na
posição deitado . O eixo longitudinal .
Enquanto
parecia ter cento e cinquenta metros de grossura em sentido da sua
altura .
Mas
pra calcular estava meio difícil porque distancia menor de onde eu
estava nunca chegou a ser de menos de um quilômetro e meio .
Mesmo
assim eu tinha a nítida impressão de que o cilindro voador estava
se mostrando especialmente pra mim .
A
sensação de aumentar e diminuir de tamanho era uma ilusão ótica .
Causada
pela manobra que ele fazia de se afastar e se aproximar novamente de
mim.
Isso
fazia ter a visão estranha de que aquele objeto yão magico estava
pulsando ou que ele latejava .
Mas
eram manobras tão perfeitamente executadas, que era impossível a
nossa percepção de que o objeto não tinha a capacidade de crescer
e encolher .
Ei
parei ali extasiado assistindo as evoluções do cilindro e comecei a
andar na direção dele .quase que num gesto automático sem perceber
.
Seus
movimentos e cores hipnóticas, junto com as emanações de simpatia.
Pareciam
estar me chamando . Atraindo irresistivelmente .
Sem
conseguir tirar os olhos daquele objeto para nada, com a cara pra
cima que nem um louco . Eu andei da esquina da rua da minha casa ate
a esquina da rua de baixo .
Ali
parei novamente .
Estava
olhando pra cima o tempo todo , em pé. Próximo de uma quadra de
areia da pracinha .
Foi
nessa hora que começaram a chegar outras pessoas atraidas pelo esmo
fenômeno que eu e daquela mesma maneira .
Vinham
de direções diferentes e apontavam os braços ou os seus dedos para
cima. Mostrando a nave uma pras outras .
Enquanto
isso, diziam palavras as mais desconexas que eu nem fiz questão de
tentar entender .
Apenas
me dei conta da presença delas vagamente .
Algumas
vezes o cilindro deixava atrás de si um rastro luminoso no céu.
Como se espalhasse algum pó de ouro ou largasse um farelo de
purpurina por onde passava .
Parecia
que ele ia deixando milhares de estrelinhas coloridas dos mais
variados tamanhos atrás de si .
Elas
ficavam paradas durante algum tempo no mesmo lugar .
Algumas
piscando sete ou oito vezes antes de alguma se apagar de vez.
Começava
fraquinho e ia ficando forte ate num brilho ofuscante sumir de vez .
Algumas pulsavam muito mais tempo do que as outras levavam pra ficar
velhas e se apagar .
Pareciam
crescer e diminuir de tamanho e ate mudavam radicalmente de cor .
Desde as cores mais claras ate as mais escuras do espectro .
Passavam
do branco, o azul clarinho, para o violeta. Verde .
Para
o vermelho até o marrom e sumiam .
Lembravam
um pouco aquele rastro deixado pelo trenó do papai
Noel
que se costuma ver naqueles filmes americanos .
Formavam
um espetáculo fabuloso pra quem estivesse assistindo .
Com
os mais belos jogos de luzes e cores que a gente já tinha visto nas
nossas vidas .
Eu
tinha caminhado ate a esquina da avenida Guaicurus para olhar o
cilindro mais de perto . E acabei me aproximando de duas ou três
pessoas que também olhavam pra ele e faziam os mais deslumbrados
comentários entre si .
De
onde sera que ele veio ? O que sera que ele é ? Como aquilo é
bonito !
Foram
algumas das frases que eu ouvi dos comentários das pessoas que se
aproximavam e vinham apontando o dedo .
Mostrando
aquele ovni umas pras outras .
Eu
nem cheguei a conversar com nenhuma delas . Curtia meu barato .
Naqueles
momentos tudo o que me importava era o cilindro e suas manobras
impossíveis .
E
agora, como se ele quisesse novamente nos surpreender e intrigar .
Ele
começou a soltar uns pequenos objetos bem ao longe .
Na
direção do museu José Antônio Pereira , pra onde ele agora tinha
se deslocado e ficado la .
Parecia
daqui que saiam de uma das pontas do cilindro , um pequeno grupo de
seis naves . Uns objetos menores que eram ainda mais iridescentes do
que ele.
Saíram
voando nas mais diversas direções e tinham um certo halo colorido.
Como se cada um tivesse um arco-íris ao seu redor .
Isso
dava um aspecto meio fantástico a eles .
De
onde eu os via. Eles pareciam pequenas bolhas luminosas de sabão .
Quando
eu tinha visto pela primeira vez um halo luminoso no ufo ainda era
dia . Apesar de ser um pouco escuro como um dia nublado sei la.
Já
quando eu estava na avenida acabou anoitecendo sem que eu nem
percebesse .
E
agora os objetos pequenos faziam as suas evoluções la para os lados
do museu . Já era a noite fechada .
E
eu nem tinha sentido o tempo passar de tão alucinado que eu estava .
Aquelas
bolhas luminosas voavam com uma incrível velocidade.
Fazendo
umas curvas em ângulos retos e agudos que transgrediam todas as leis
conhecidas neste planeta .
Tanto
da física quanto da mecânica .
Chegavam
ao absurdo de parar repentinamente e retornar ao ponto inicial várias
vezes. Isso tão depressa que desenhavam riscos fantásticos marcando
a sua trajetória no céu escuro …
Subiam
e desciam tão rápido que mal se podia perceber que se tratavade um
mesmo objeto .
Às
vezes paravam imoveis no ar . Daí moviam-se lentamente um pedaço .
Depois
retomavam de chofre as suas velocidades supersônicas outra e outra
vez .
Um
dos movimentos que mais me chamou a atenção , foi um tipo de
balançar de folha seca caindo da árvore .
Aquele
objeto subiu a uma altura enorme , e depois retornou fazendo um
movimento pendular e abrangente.
Que
lembrava uma daquelas folhas mortas que caem das árvores num outono
gelado .
Achando
que eu estava distante demais do palco dos acontecimentos ,
Eu
resolvi caminhar até o museu pra ver mais de perto as fantásticas
evoluções daqueles filhos menores do cilindro .
Que
a essa altura se encontrava parado meio de lado da posição dos
aparelho em forma de bolhas .
Como
um pai bem orgulhoso a contemplar algum grande feito dos seus filhos
.
Quando
saí caminhando sozinho na direção do museu por aquela avenida
a
rua me pareceu demasiadamente curta .
Mal
eu comecei a andar e já me encontrava diante do nosso museu .
Quase
como se eu tivesse me teleportado de onde eu estava antes ate la .
Os
outros derrotinha la ficaram vendo tudo de longe .
Eu
mal cheguei já percebi que era mesmo muito melhor pra ver aquela
dança das naves ovnis da minha nova posição .
Os
objetos que me parecera ser bolinhas, vistos agora de onde eu estava
agora. Mostravam ser de formato discóide .
E
deviam ter pelo menos uns quinze metros de comprimento lateral de uma
ponta de asa na outra .
Mas
de onde eu estava , seu tamanho aparente nunca ultrapassava um metro
e meio .
E
vez ou outra algum dos objetos se mudava da forma de disco para o
formato oval ou totalmente redondo .
Isso
acontecia devido ao ângulo de qual gente olhava a nave .
De
acordo com os movimentos que executavam .
Eles
tinham uns rompantes de movimentação frenética.
E
depois voltavam a ficar completamente imoveis outra vez .
Deixavam
tênues colinas paradas de gases luminosos.
Ou
coloridas nuvens que pulsavam, mudavam de cor as vezes e brilhavam
que nem as lâmpadas fluorescentes .
O
cilindrão parecia ter resolvido descansar um pouco.
E
só se movimentava aos poucos e bastante lentamente .
Em
um momento daqueles me veio na mente o filme o segredo do abismo.
Quando
um daqueles fiapos de rastros luminosos deixados pelos discos veio
flutuando na minha direção .
Eu
estiquei o braço para tocar a névoa e constatei assombrado que ela
era feita de matéria morna e viscosa. Apesar de ser um tipo de gás
.
Sem
gorduras .
Me
deu a impressão de geleia extradimensional .
Depois
de tanto se exibirem daquela forma toda louca por um bom tempo.
Todos
os objetos menores começaram a entrar novamente dentro dauele
cilindro gigante.
Mas
antes que todos eles entrassem , o cilindro afastou-se e foi sumindo
.
Seguido
de perto por dois ou três deles .
De
um modo geral , iam seguindo na direção do aeroporto internacional.
Dava
uma impressão tristeza vendo que eles iam de vez embora .
Eu
acordei em seguida, ainda confuso e maravilhado com as imagens e os
sentimentos que aquela revoada de objetos tinha me proporcionado .
Fiquei
um bom tempo rememorando todos aqueles acontecimentos .
Provavelmente
as imagens mais incríveis que eu já vi em toda a minha vida .
Pelo
menos que eu posso me lembrar nos melhores sonhos e pensamentos que
eu já tive .
A
acordar eu me sentia tão leve que pensei que estava ate correndo o
risco de entrar um pouco em órbita.
E
sair voando, flutuando por aí como vi aqueles OVNIS que davam show
de voo fazerem . . .
F
I M
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