domingo, 4 de setembro de 2016

OS DISCOS VOADORES




Eu estava parado em frente de casa, em cima da calçada da casa ao lado.
E reparei que havia no céu uma estranha cintilancia multicor .
Que lembrava bastante as imagens da aurora boreal …
Era tremendamente colorida e parecia ondular como uma bandeira se sacudindo ao sabor do vento .
Intrigado com aquilo, eu fui caminhando ate a esquina da minha rua .
Como que a andar na direção da direção do estranho fenômeno .
No começo tudo parecia se resumir a um estranho aspecto do céu .
Mas logo eu percebi um tipo de halo luminoso iridescente com o nítido formato alongado.
Próprio daqueles tanques de gasolina que costumam ter nos caminhões.
Principalmente as carretas de carga .
A aparência daquela coisa era semimaterial . Mudava o tempo todo de cor .
Quase como se fosse uma enorme bolha de sabão feita em formato cilíndrico .
E suas cores variavam muito pulsando muito em tons de amarelo, laranjado fosforescentes . Rosa claro , vermelho , metal branco prateado. Azul clarinho e até o violeta suave .
Todo o objeto parecia ter saído de um ingênuo conto de fadas .
Devia ter um tamanho de um metro e meio ou dois de comprimento .
Com meio metro de largura . Com as pontas arredondadas , o formato geral do objeto era muito parecido com aquelas capsulas gelatinosas de remédio .
Aquelas que a gente compra na farmácia .
E todo o corpo do objeto parecia brilhar como se estivesse pulsando de dentro para fora . Era um magico jogo de luzes e cores , simplesmente maravilhoso .
E aquelas evoluções que ele fazia … Tornavam no ainda mais inacreditável aos olhos .
Ele rodava em círculos , parecendo estar tentando pegar a própria cauda.
Ao ponto de fazer aparecer quase uma roda luminosa certinha no céu .
Logo depois começou a saltar e cair em cada uma das duas pontas. Como uma ginasta em uma olimpíada .
De modo totalmente inusitado .
Seu movimento transmitia uma estranha sensação de alegria pra mim.
E me dava a impressão de uma criancinha brincando num parquinho totalmente eufórica.
Desenvolvendo uma velocidade incrível que algo da terra nunca vai poder fazer . O cilindro voador se deslocou de um ponto muito afastado no oeste. Ate quase desaparecer na direção do nordeste .
Devia ter feito todo o trajeto em no máximo dois ou três segundos.
Voltando em seguida a parar exatamente no mesmo lugar de antes .
Como se nunca tivesse deixado de estar ali .
Ele cresceu inesperadamente de um tamanho igual a uma garrafinha pequena de refrigerante . Até ficar do tamanho de um enorme caminhão pipa ou um daqueles vagão de trem ferroviário .
Para logo voltar ao tamanho de antes .
Isso foi o que me fez perceber que se tratava de um objeto enorme e sólido.
Mas não pude identificar de que tipo de material que ele devia ser feito .
Quando havia se aproximado mais de onde eu estava , o objeto cilindrico pareceu ter no mínimo meio quilometro de comprimento em seu eixo. Na posição deitado . O eixo longitudinal .
Enquanto parecia ter cento e cinquenta metros de grossura em sentido da sua altura .
Mas pra calcular estava meio difícil porque distancia menor de onde eu estava nunca chegou a ser de menos de um quilômetro e meio .
Mesmo assim eu tinha a nítida impressão de que o cilindro voador estava se mostrando especialmente pra mim .
A sensação de aumentar e diminuir de tamanho era uma ilusão ótica .
Causada pela manobra que ele fazia de se afastar e se aproximar novamente de mim.
Isso fazia ter a visão estranha de que aquele objeto yão magico estava pulsando ou que ele latejava .
Mas eram manobras tão perfeitamente executadas, que era impossível a nossa percepção de que o objeto não tinha a capacidade de crescer e encolher .
Ei parei ali extasiado assistindo as evoluções do cilindro e comecei a andar na direção dele .quase que num gesto automático sem perceber .
Seus movimentos e cores hipnóticas, junto com as emanações de simpatia.
Pareciam estar me chamando . Atraindo irresistivelmente .
Sem conseguir tirar os olhos daquele objeto para nada, com a cara pra cima que nem um louco . Eu andei da esquina da rua da minha casa ate a esquina da rua de baixo .
Ali parei novamente .
Estava olhando pra cima o tempo todo , em pé. Próximo de uma quadra de areia da pracinha .
Foi nessa hora que começaram a chegar outras pessoas atraidas pelo esmo fenômeno que eu e daquela mesma maneira .
Vinham de direções diferentes e apontavam os braços ou os seus dedos para cima. Mostrando a nave uma pras outras .
Enquanto isso, diziam palavras as mais desconexas que eu nem fiz questão de tentar entender .
Apenas me dei conta da presença delas vagamente .
Algumas vezes o cilindro deixava atrás de si um rastro luminoso no céu. Como se espalhasse algum pó de ouro ou largasse um farelo de purpurina por onde passava .
Parecia que ele ia deixando milhares de estrelinhas coloridas dos mais variados tamanhos atrás de si .
Elas ficavam paradas durante algum tempo no mesmo lugar .
Algumas piscando sete ou oito vezes antes de alguma se apagar de vez.
Começava fraquinho e ia ficando forte ate num brilho ofuscante sumir de vez . Algumas pulsavam muito mais tempo do que as outras levavam pra ficar velhas e se apagar .
Pareciam crescer e diminuir de tamanho e ate mudavam radicalmente de cor . Desde as cores mais claras ate as mais escuras do espectro .
Passavam do branco, o azul clarinho, para o violeta. Verde .
Para o vermelho até o marrom e sumiam .
Lembravam um pouco aquele rastro deixado pelo trenó do papai
Noel que se costuma ver naqueles filmes americanos .
Formavam um espetáculo fabuloso pra quem estivesse assistindo .
Com os mais belos jogos de luzes e cores que a gente já tinha visto nas nossas vidas .
Eu tinha caminhado ate a esquina da avenida Guaicurus para olhar o cilindro mais de perto . E acabei me aproximando de duas ou três pessoas que também olhavam pra ele e faziam os mais deslumbrados comentários entre si .
De onde sera que ele veio ? O que sera que ele é ? Como aquilo é bonito !
Foram algumas das frases que eu ouvi dos comentários das pessoas que se aproximavam e vinham apontando o dedo .
Mostrando aquele ovni umas pras outras .
Eu nem cheguei a conversar com nenhuma delas . Curtia meu barato .
Naqueles momentos tudo o que me importava era o cilindro e suas manobras impossíveis .
E agora, como se ele quisesse novamente nos surpreender e intrigar .
Ele começou a soltar uns pequenos objetos bem ao longe .
Na direção do museu José Antônio Pereira , pra onde ele agora tinha se deslocado e ficado la .
Parecia daqui que saiam de uma das pontas do cilindro , um pequeno grupo de seis naves . Uns objetos menores que eram ainda mais iridescentes do que ele.
Saíram voando nas mais diversas direções e tinham um certo halo colorido. Como se cada um tivesse um arco-íris ao seu redor .
Isso dava um aspecto meio fantástico a eles .
De onde eu os via. Eles pareciam pequenas bolhas luminosas de sabão .
Quando eu tinha visto pela primeira vez um halo luminoso no ufo ainda era dia . Apesar de ser um pouco escuro como um dia nublado sei la.
Já quando eu estava na avenida acabou anoitecendo sem que eu nem percebesse .
E agora os objetos pequenos faziam as suas evoluções la para os lados do museu . Já era a noite fechada .
E eu nem tinha sentido o tempo passar de tão alucinado que eu estava .
Aquelas bolhas luminosas voavam com uma incrível velocidade.
Fazendo umas curvas em ângulos retos e agudos que transgrediam todas as leis conhecidas neste planeta .
Tanto da física quanto da mecânica .
Chegavam ao absurdo de parar repentinamente e retornar ao ponto inicial várias vezes. Isso tão depressa que desenhavam riscos fantásticos marcando a sua trajetória no céu escuro …
Subiam e desciam tão rápido que mal se podia perceber que se tratavade um mesmo objeto .
Às vezes paravam imoveis no ar . Daí moviam-se lentamente um pedaço .
Depois retomavam de chofre as suas velocidades supersônicas outra e outra vez .
Um dos movimentos que mais me chamou a atenção , foi um tipo de balançar de folha seca caindo da árvore .
Aquele objeto subiu a uma altura enorme , e depois retornou fazendo um movimento pendular e abrangente.
Que lembrava uma daquelas folhas mortas que caem das árvores num outono gelado .
Achando que eu estava distante demais do palco dos acontecimentos ,
Eu resolvi caminhar até o museu pra ver mais de perto as fantásticas evoluções daqueles filhos menores do cilindro .
Que a essa altura se encontrava parado meio de lado da posição dos aparelho em forma de bolhas .
Como um pai bem orgulhoso a contemplar algum grande feito dos seus filhos .
Quando saí caminhando sozinho na direção do museu por aquela avenida
a rua me pareceu demasiadamente curta .
Mal eu comecei a andar e já me encontrava diante do nosso museu .
Quase como se eu tivesse me teleportado de onde eu estava antes ate la .
Os outros derrotinha la ficaram vendo tudo de longe .
Eu mal cheguei já percebi que era mesmo muito melhor pra ver aquela dança das naves ovnis da minha nova posição .
Os objetos que me parecera ser bolinhas, vistos agora de onde eu estava agora. Mostravam ser de formato discóide .
E deviam ter pelo menos uns quinze metros de comprimento lateral de uma ponta de asa na outra .
Mas de onde eu estava , seu tamanho aparente nunca ultrapassava um metro e meio .
E vez ou outra algum dos objetos se mudava da forma de disco para o formato oval ou totalmente redondo .
Isso acontecia devido ao ângulo de qual gente olhava a nave .
De acordo com os movimentos que executavam .
Eles tinham uns rompantes de movimentação frenética.
E depois voltavam a ficar completamente imoveis outra vez .
Deixavam tênues colinas paradas de gases luminosos.
Ou coloridas nuvens que pulsavam, mudavam de cor as vezes e brilhavam que nem as lâmpadas fluorescentes .
O cilindrão parecia ter resolvido descansar um pouco.
E só se movimentava aos poucos e bastante lentamente .
Em um momento daqueles me veio na mente o filme o segredo do abismo.
Quando um daqueles fiapos de rastros luminosos deixados pelos discos veio flutuando na minha direção .
Eu estiquei o braço para tocar a névoa e constatei assombrado que ela era feita de matéria morna e viscosa. Apesar de ser um tipo de gás .
Sem gorduras .
Me deu a impressão de geleia extradimensional .
Depois de tanto se exibirem daquela forma toda louca por um bom tempo.
Todos os objetos menores começaram a entrar novamente dentro dauele cilindro gigante.
Mas antes que todos eles entrassem , o cilindro afastou-se e foi sumindo .
Seguido de perto por dois ou três deles .
De um modo geral , iam seguindo na direção do aeroporto internacional.
Dava uma impressão tristeza vendo que eles iam de vez embora .
Eu acordei em seguida, ainda confuso e maravilhado com as imagens e os sentimentos que aquela revoada de objetos tinha me proporcionado .
Fiquei um bom tempo rememorando todos aqueles acontecimentos .
Provavelmente as imagens mais incríveis que eu já vi em toda a minha vida .
Pelo menos que eu posso me lembrar nos melhores sonhos e pensamentos que eu já tive .
A acordar eu me sentia tão leve que pensei que estava ate correndo o risco de entrar um pouco em órbita.
E sair voando, flutuando por aí como vi aqueles OVNIS que davam show de voo fazerem . . .








                                                 F I M



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